Ainda não coloquei no papel, mas entre as minhas resoluções de junho está a promessa de que vou aprender a dançar forró. Não só o basiquinho, vou dançar mesmo, com a leveza de uma borboleta. Estava até querendo viajar para Itaúnas, naquele festival que promete mudar a cabeça dos que nunca se apaixonaram pelo ritmo. Recebi uma proposta indecente do tipo “consigo um atestado médico de 10 dias para você”. Mas não deu. Não ia me sentir bem mentindo para o pessoal do trabalho.
O jeito vai ser me virar por aqui mesmo. E foi com essa determinação que ontem eu e a Ana fomos para o forró (aliás, queria fazer um parêntese sobre a Ana: além de mega companheira, a Ana tem um costume que combina demais comigo. Ela gosta de chegar cedo nos eventos. Tudo bem se a festa só vai bombar às 23h... a gente chega às 22h e fica batendo papo, tomando uma. Me divirto!).
Bom, o forró até que estava animado. O problema é que havia cinco mulheres para cada homem. Aí ficamos eu e Ana sentadas na mesa, curtindo o local como se fosse um barzinho com música ao vivo. Sim, porque se até as forrozeiras estavam com dificuldade para achar um par, imagine eu e a Ana, com toda a nossa habilidade!
Até que apareceu um garotinho e me chamou para dançar.
Garotinho – Vamos dançar?
Eu – Vamos. Mas eu não sei dançar direito.
Garotinho – Tudo bem. Eu vou te ensinar.
Uau. Gostei da firmeza.
Garotinho – Como é seu nome?
Eu – Carol e o seu?
Garotinho – Lucas. Você estuda o quê, Carol?
Eu – Sou jornalista e...
Garotinho – Você já é formada? Nossa! Quantos anos você tem?
Eu – Vou fazer 23 daqui umas duas semanas.
Garotinho – Puxa! Achei que você tinha uns 17.
Tudo bem que eu estava de bata cor de rosa, calça jeans e tênis branco. Mas 17?! Decidi considerar o palpite dele como um elogio.
Garotinho – Você está indo bem. Vou te ensinar um passo de gafieira e depois um de zouk.
Eu – Vem cá, não é melhor a gente ficar só no forró já que é isso que a banda está tocando?
Desisti do garotinho. Muito afobado. A Ana dançou com ele depois e disse que ele parecia muito contente em vê-la, se é que vocês me entendem. Eu, graças a Deus, não senti nada.
Depois do garotinho, veio um senhor muito simpático. Me deu uns conselhos preciosos: dar passos curtos na hora de girar e levantar os braços. Quase como uma bailarina. Isso aí. Passos curtos e levantar os braços, virou um mantra.
O último corajoso foi um cara super divertido. Contou que fazia aulas de forró há alguns meses, mas estava enferrujado pela falta de prática. Como ele já foi aprendiz, teve uma paciência de Jó comigo.
O cara – Escuta, eu sou o homem, eu conduzo. Pára de querer comandar.
Eu – Tá, bom. Foi mal. É que eu sou meio dura mesmo.
O cara – Concentra na marcação... Isso! Minha professora dizia que é só ficar ligado na zabumba.
Eu – Zabumba?
O cara – É! Ta ouvindo? Bum, bum, bum...
Depois de meia hora de tentativas, até que a gente estava mandando bem. Fiquei orgulhosa de mim. E super animada para ir no forró outra vez. Chato é que, enquanto eu encontrei um parceiro bacaninha para dançar, a Ana ficou 40 minutos com um cara que só sabia o dois prá lá, dois pra cá. Teve uma hora em que eu tive que socorre-la. Ela agradeceu, contou que já estava com torcicolo. Duvido muito que ela queira ir no forró comigo outra vez...
segunda-feira, 23 de junho de 2008
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2 comentários:
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
já vi os horários das aulas mas vai bater com o seu das aulas!!=/
amigaaaa eu vou com certeza de novo!!!mas tem que ter mais homem que mulher viu??hehehehhehe
beijooooos
Olha, esse negócio de forró... meu avô me dizia que essa lenga-lenga de girar pra cá, pra lá, ~mão pro alto e num sei quê é frescura.
Forró que é forró mesmo, pra ele (e por consequência, pra mim), é aquele conhecido por bate coxa, rela bucho, lustra cinto.. tá ligado??
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