Tem algumas coisas típicas lá do Sul que me dão uma saudade enorme. A maioria delas a gente pode encontrar em Brasília mesmo, em versões pioradas e, em alguns casos raros, melhoradas. No Dia das Mães mesmo, fui almoçar com a família em uma galeteria que serve um tortéi maravilhoso. Que a minha vó não leia uma coisa dessas, mas o do restaurante é bem mais gostoso que o dela.
Mas ontem o que salvou a minha vida foi uma coisa que não se encontra por aqui. Na minha casa tem porque a gente “importa” sempre que algum parente vem nos visitar. Estou falando de um remedinho chamado Olina, que tem o sugestivo slogan “Essência de Vida”. Olina é um remédio feito com alguma coisa muito ruim que promete acabar com a azia e a má digestão. Eu nem preciso ler as instruções para saber qual é a lógica do processo. Para mim, ele funciona assim: o negócio é tão ruim, mas tão ruim, que se tiver alguma chance de você vomitar, você vai vomitar.
Bom, fato é que eu fui dormir com uma barriga de quatro meses de gestação. Consegui pegar no sono graças ao cansaço e porque o Jorge ficou cantando baixinho no meu ouvido “eu quero Ive Bru-Brussel, Bru-Brussel”. Só que eu acordei às cinco da manhã com a certeza de que eu estava gestando um alien. Nossaaaa! Não conseguia nem ficar reta!
Corri para a cozinha na esperança de encontrar um sal de fruta. Mas só achei aquela embalagem laranjada, que lembrou a minha infância, minha mãe dizendo que se eu desse só uns golinhos, a dor de barriga ia passar, e eu relutante, fazendo todo mundo perder minutos preciosos de sono. Mas ontem não tinha ninguém para me fazer tomar a Olina e eu decidi por mim mesma que era melhor sofrer alguns segundos para garantir o resto da noite.
E assim foi. Tomei metadinha de um copo, quase botei os bofes para fora, esperei uns 15 minutos, e o monstro que estava na minha barriga se aquietou. Voltei para a cama e o Jorge me fez dormir de novo. Dessa vez com “Ai, ai, caramba! Ai, ai, caramba!”.
sábado, 7 de junho de 2008
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3 comentários:
bicarbonato também é muito bom!
eu tomo olina e acho bem legal
Eu sou de Florianópolis e, minha família, do oeste de SC. Mas nunca tive dificuldade em encontrar Essência de Vida Olina aqui em Brasília. Bjs
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