domingo, 1 de junho de 2008

Confusão em três atos

1º Ato – Indo para a festa

Rose – Amiga, posso pegar o próximo retorno?

Feijoca – Oi?

Rose – O retorno. Pode entrar?

Feijoca – Ah, pode.

Dois minutos rodando, rodando e nada de encontrar a entrada da pista.

Rose – Viu? A gente acabou de voltar pro mesmo lugar de antes. Dava pra ter entrado nesse retorno aqui.

Feijoca – Pois é, quem mandou você entrar naquele retorno?

Rose – Você mandou!

Feijoca – Eu mandei? Por acaso eu disse: “Rose, vira na próxima à esquerda”?

Rose – Não exatamente.

2º Ato – Chegando na festa

Kequel – Amiga, você acha que eu devo deixar o casaco no carro?

Feijoca – É, é melhor sem o colar.

Kequel - ???

Feijoca – É porque esse colar é muito colorido, cheio de missangas. Assim, eu acho uma graça, mas não combina com festa junina. É muito verão, entende?

Kequel entrou na festa sem o colar e com o casaco. Ficou a noite inteira segurando debaixo do braço.

3º Ato – Na festa

Eu – Tenho vontade de ficar te beijando até amanhã de manhã.

Ele – Então hoje você vai embora comigo.

Eu – Claro que não! Você tá louco?

Às vezes, dá até para entender porque os homens dizem que as mulheres são complicadas. Na verdade, elas não são complicadas, só um pouco confusas. E existem dois tipos de confusão feminina: não saber o que quer e não saber o que fazer com o que quer. Eu acho a segunda bem mais perigosa que a primeira. É nessa situação que a gente acaba trocando os pés pelas mãos. É quando das duas uma: ou a gente não pensa e age no impulso ou pensa demais e acaba fazendo tudo errado.

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