segunda-feira, 16 de junho de 2008

Filosofando...

Acho engraçado quando a gente acaba de conhecer as pessoas e não sabe como chama-las. Não estou falando de esquecer o nome. Isso acontece com quase todo mundo e, pelo menos para mim, não gera nenhum constrangimento. Vou lá e pergunto para o sujeito: “Desculpa, como é mesmo seu nome?”. O chato é quando você conhece a pessoa, sabe o nome, mas não tem a menor intimidade para usa-lo. Ou então quando acha o nome formal demais, gostaria que a pessoa tivesse só um apelido para tornar a conversa mais maleável.

Tenho um colega da pós que se chama Norberto. Eu sei, Norberto não é um nome estranho. Mas me soa terrivelmente quadrado, engessado, apesar de o Norberto ser uma pessoa super acessível. Fico imaginando como é que a esposa do Norberto chama ele... seria Nô? Talvez Beto? Mais provável é que seja “Amor”. Mas eu não amo o Norberto e não posso chama-lo assim. E também não temos aquela amizade para que eu o chame de “Amigo”.

Tem um outro cara que gosta de ser chamado de Schneider. É o sobrenome dele. Com esse, as coisas estão um pouco mais tensas, porque ele é do meu grupo de pesquisa e temos nos encontrado com freqüência. Aí a gente fica divagando sobre o tema do nosso projeto – e sobre a vida também, já que o Schneider é meio filósofo. Só que estamos ficando cada vez mais próximos e estou cada vez mais incomodada em chama-lo de Schneider. Vou dizer isso a ele.

O Schneider, inclusive, é uma daquelas pessoas que aparecem na nossa vida e deixam contribuições bem legais. Odiei quando o professor deu a idéia de nos juntarmos no grupo de pesquisa, o Schneider é super acadêmico e, conseqüentemente, aquele cara que faz mil perguntas no final da aula, quando todo mundo já está de saco cheio. Mas confesso que foi divertido passar parte do meu fim de semana com ele.

Domingo à tarde ele veio aqui em casa e fez uma coisa incrível. Conseguiu me explicar por A mais B, seguindo os princípios racionais da lógica e da física, que as coisas acontecem na nossa vida por alguma razão. Claro que não vou nem tentar transcrever os argumentos dele. Sei que no final, ele resumiu:

Schneider – Carol, vou te dar um exemplo grosseiro: você sai daqui e na próxima rua bate o carro. Aí você fica indignada, xinga o carro, o outro motorista, a você mesma... Não adianta. Depois você vai perceber que precisava disso. Seu corpo, sua mente precisavam.

Ainda não decidi se chamo isso de acaso, destino, carma, sincronicidade, transcendência... Mas minhas conversas com o Schneider têm me feito muito bem. Tirando o fato de ele gostar de ser chamado de Schneider.

3 comentários:

Virgínia Soares disse...

vc tb terá de me explicar esses acasos da vida!!!!

Vi disse...

Apesar do nome complicado as explicações dele descomplicam um pouco a vida, né?

Ana Ribas disse...

domingo a tarde filosofando é foodaaa hein??
boto mais fé da gente pegar um cinema!!!=]
hahahahahahhahaha

amigaaaaa saudadeee!!!
pára de namorar e vai me visitar porra!!!>/
hahahahah
bjs