Ah, o Natal. Família reunida, ceia farta e a certeza de que as preocupações só vão começar depois do carnaval. O estresse do momento é se aventurar pelos shoppings lotados, com seus corredores cheios de gente afoita e lojas de vendedores impacientes.
Ontem, em uma livraria do Conjunto Nacional (ok, foi uma infeliz idéia ir até lá):
Eu – Moça, você tem algum livro para indicar? Alguma coisa diferente, um romance, de preferência.
Ela – Tem esse que é ótimo. Está na lista dos mais vendidos da revista Veja.
Peguei o livro com uma cara desconfiada. Li a contra-capa, não senti muita inspiração. A moça, então, foi lá e pegou a Veja para me mostrar que o livro era mesmo o mais vendido.
Ela – Tá vendo?
Eu – Sabe o que é? Tô procurando uma coisa menos óbvia, entende?
Decidi ligar para um amigo e pedir indicação. Fui falar com outro vendedor.
Eu – Oi, vocês têm “A Viagem do elefante”?
Ele – Deixa eu ver aqui... Não, não temos.
Eu – Hum, viagem é com “g”, não com “j”.
Ele – Ah, achei aqui.
Eu – Ah. Não vou levar não. Obrigada!
Pode me chamar de preconceituosa, elitista, impaciente e mau-humorada. Mas achei um absurdo o cara que trabalha na livraria não saber como se escreve “viagem”.
quarta-feira, 4 de fevereiro de 2009
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Um comentário:
aeuhaeuheuehaueahae
eu falo, atendente de livraria que tenta se passar de intelectual é pior que o de farmácia que tenta se passar por médico!
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