domingo, 15 de fevereiro de 2009

Lembranças do México II: Neurótica versus hipocondríaca

Foi só sentar no avião para todas as minhas perebas emocionais aparecerem juntas. Em vinte minutos, eu estava com o rosto vermelho, descascando. Sem falar nas olheiras. Até peguei indicação de uma pomadinha que promete resolver problemas alérgicos em um ou dois dias. Tudo bem que eu já tinha uma, mais as pílulas e mais a solução nasal, mas eu não queria passar por nenhum aperto em um país estranho.

Na fila do check-in:

Camila – Amiga, preenche isso aqui.

Eu – O que é isso?

Camila – Identificador de bagagens.

Eu – Hum. E por que eu preciso preencher dois?

Camila – Porque um é para dentro e outro é para fora da mala.

Eu – Tá brincando, né?

Dentro do avião:

Eu – O que é isso?

Camila – Uma lista com tudo que tem na minha mala.

Eu – Credo, pra quê isso?

Camila – Para o caso de extravio. Sou precavida.

Eu – Nossa, até demais!

Paguei a língua. A mala extraviada foi a minha. Mas nem precisou uma lista com as coisas que eu tinha. No desespero, lembrei de cabeça todas as minhas roupas lindas, limpinhas que poderiam estar perdidas em uma terra desconhecida. Ainda bem que a caixinha de remédios estava comigo.

3 comentários:

Paulinho Mesquita disse...

mas pode dizer se minha pomadinha num foi tiro e queda!!???

Anônimo disse...

E eu pensava que eu era precavida...

Anônimo disse...

levaram minha mala em porto seguro certa vez.. sinta-se compreendida! e eu, ao contrário da camila, não tinha listinha nenhuma...