No Rio Grande do Sul, Maranatha é uma grande festa religiosa para Nossa Senhora Imaculada Conceição. Quando criança, cheguei a ser anjinho da festa por uns três anos seguidos. Um pouco por insistência da minha avó e outro pouco porque achava o máximo usar aquelas asinhas.
Em Brasília, Maranata sem “h” é o nome de uma companhia de táxi que dá 30% de desconto na corrida. Mas às vezes dá vontade de nem pedir o desconto.
Sexta-feira, voltando da festa:
Bruno – E como está o movimento essa noite?
Taxista – Ah, tranqüilo. Mas tenho que correr atrás do prejuízo. Essa semana, fui assaltado.
Bruno – Sério? Mas levaram muita coisa?
Taxista – Uns duzentos reais. Mas o pior mesmo foi ficar com o cano da arma nas costas. Um tiro aí é para ficar o resto da vida sem andar.
Eu – Você deu queixa na polícia?
Taxista – Dei sim. Os policiais me perguntaram como é que eu tive a inocência de pegar dois marmanjos no meio da rua, na Ceilândia. Achei que eles eram de bem.
Eu – Levaram documento e tudo?
Taxista – Tudo. To andando só com o boletim de ocorrência. Mais problema, né? Só a segunda via da identidade custa trinta e cinco reais.
Eu – É verdade. Muito caro.
Taxista – Pra isso a gente dá um jeito. Só não quero passar por uma coisa dessas outra vez. Cinco minutos com um cano gelado nas costas parecem uma eternidade.
domingo, 15 de março de 2009
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4 comentários:
Sei bem como é ter um revólver nas costas.. Dura mesmo uma eternidade. Não desejo pra ninguém!!
credo.
cruzes....=O
Brasília tá virando cidade grande. Infelizmente.
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