sexta-feira, 12 de setembro de 2008

Bem resolvidas

Certa vez li um texto da Martha Medeiros sobre a primeira transa das mulheres. A autora falava que, na verdade, não existe uma idade certa para esse momento, que tudo depende da vontade e da maturidade de cada uma. Claro que Martha escreveu de um jeito muito gostoso de ler e finalizou com uma tirada mais ou menos assim: ok, você pode esperar o príncipe encantado aos 15, 18 ou 20 anos. Mas, pelo amor de Deus, não seja tão exigente aos 25. Você é consciente, mas louca jamais!

É, pode ser.

Ontem, no fim da aula:

Laura – Tô te dizendo: o rapaz te dispensou porque você mandou o torpedo para ele.

Lízia – Mas eu estava realmente afim de conhece-lo. O que mais eu podia fazer?

Laura – Ah, não sei. Eu não faço esse tipo de coisa.

Lízia – Laura, eu não fazia esse tipo de coisa quando tinha 18 anos. Com 34, eu tenho é que correr atrás dos meus objetivos.

Eu – Mas e aí? Vocês se conheceram? Ficaram juntos?

Lízia – Ah, nós saímos algumas vezes sim. Mas acho que a coisa desandou quando eu comecei a tratar dele.

(Lízia é fisioterapeuta e trabalha com estética. O rapaz adquiriu um pacote de 10 sessões para eliminar as gorduras localizadas).

Eu – Mas por que?

Lízia – Não sei. Ele me trata super bem, mas nada de beijo. Bom, pelo menos eu ganhei um paciente...

Eu – É. Bom que você é otimista.

Lízia – Ah, ficar sozinha é um pouco ruim. Mas não estou desesperada. Com essa idade, os homens ficam achando que estamos loucas para casar. Não é bem assim. O próximo namorado não é candidato direto a marido. Tem que passar por uma avaliação.

Eu – Hum.

Lízia – O que a gente mais ouve é: ah, “você tem 34 anos e quer casar. Eu tenho 37 e estou confuso e blá blá blá.” Longe de mim! Se você é confuso com 37 anos, você precisa de tratamento.