terça-feira, 22 de julho de 2008

Papo nerd

O portal da UnB tem um espaço que reúne crônicas semanais, agora escritas por duas professoras da universidade. A idéia inicial da página é muito legal: reunir textos sobre o campus com ilustrações feitas por alunos, ex-alunos ou docentes da UnB. Na prática, porém, a coisa não funciona tão bem assim. Além de ser super trabalhoso colocar as crônicas no ar – o sistema é complicado, confesso que demorei meses para aprender como funciona – quase nunca encontramos almas caridosas e dispostas a fazer a tal ilustração.

Bem, não importa. O que eu quero dizer é que eu gostei muito da última crônica. Da imagem também. Está em http://www.unb.br/cronicas/index.php#83. A professora conta como foi o dia em que foi verificar seu tempo de serviço na UnB. Como se sentiu, o que disse, o que pretendia fazer quando se aposentasse. Tem gente que não gosta desse tipo de texto, mas eu acho super legal. É como se o autor estivesse dando uma parte da sua vida para o leitor.

Uma das coisas que ela escreveu me fez lembrar o quanto eu ando sem tempo pra nada. E quando eu tenho tempo, arranjo mil coisas para fazer. Ficar parada me deixa com alergia. Mas, enfim, queria mais tempo para ler. Ganhei de aniversário um livro que sempre quis: Cem anos de solidão, do Gabriel García Márquez. Minha mãe diz que é a obra favorita dela, o que já é um bom motivo para dar uma conferida.

Há um tempo atrás, eu lia vorazmente. Graças ao Igão, conheci muitos livros bons, desde romances a histórias de traficantes, passando pelos clássicos. Aliás, aprendi uma coisa sobre os clássicos. Muitos são uma porcaria. Continuam clássicos por um certo status, aquela coisa cult, algo como “o quê?! Você nunca leu Saramago?”, acompanhado daquela cara de “estou olhando para um ET”.

Saramago eu li, e muito. Por enquanto, é meu autor favorito. Leria tudo de novo. Mas tem um clássico que não dá certo: Dostoievski. Lembro que, depois de muita insistência do Igão, decidi que leria “Crime e castigo”. Demorei quase três meses pra terminar, eram muitas páginas com as letras pequenininhas.

O começo é muito bom. Você quebra a cabeça para entender porque os personagens tomam certas atitudes, se tem algum mistério na história. Mas, no final, fiquei decepcionadíssima. Não acreditei que o grande clássico da literatura internacional terminava daquele jeito, tão normal.

Vai ver é assim mesmo. Igual no filme que eu vi domingo, por insistência da Ana: Kung Fu Panda. Ótimo, por sinal. A mensagem que fica é: as coisas não têm nenhum segredo especial. Ser você mesmo é ser especial.

2 comentários:

Paulinho Mesquita disse...

Vou te dar o golpe do mindinho!!!

Ana Ribas disse...

caraaalhooo!!!enquanto o igão te apresenta um milhão de livros super cultos e importantes para a formação de caráter.....eu te levo pra assistir kung fu panda!!>/
kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk
putamerdahein??
hahahahahahhahahahah