terça-feira, 12 de agosto de 2008

Pobres animais

Fiquei horrorizada ontem na minha aula quando descobri que vacas não fazem sexo. A incrível tecnologia de reprodução animal assistida tirou esse que devia ser um dos únicos prazeres dos pobres bovinos. Sim, porque além de nos darem leite e bifinhos – para não falar daquela picanha esperta no churrasco dominical – elas agora doam seus óvulos, ovócitos, úteros e espermatozóides (no caso dos machos) para a produção de exemplares cada vez melhores.

Aí eu fiquei com vontade de perguntar para o professor se o consumo de carne de vaca que não faz sexo poderia nos fazer algum mal no futuro. Acabei não perguntando. Mas saí da aula com vontade de virar vegetariana, só para não contribuir com essa absurda exploração dos animais. Lembrei do professor justificando: “Com essas manipulações, podemos fazer a vaquinha gerar 30 filhotes, coisa que ela jamais faria em sua vida reprodutiva normal.” É. Nem as vaquinhas têm vida reprodutiva normal.

Se bem que fiquei horrorizada também ao assistir, sem qualquer cerimônia, a reprodução natural das galinhas. Depois de alguns dias num sítio, cheguei à conclusão que galos são os seres mais insensíveis do mundo animal. A galinha fica lá, de boa, ciscando, e o galo chega por trás e créu. Quando você pisca o olho, o bicho já desmontou da galinha e foi embora, sem sequer dizer um “foi bom pra você, baby?”. Não, não. Muito desapego para a minha cabeça.

Legal mesmo é o sexo daqueles animais grandões, tipo elefantes e baleias. Nesses casos, nem que o macho queira dá para ser insensível. Só do trabalho que dá para chegar na fêmea...

3 comentários:

Paulinho Mesquita disse...

É como cantaram os Mamonas Assassinas:
"No mundo animal
existe muita putaria
Por exemplo, os cachorros
Que comi a propria mãe,
Sua irmã e suas tias
Eles ficam grudados
De quatro se amando
Em plena luz do dia.
Os animal, tem uns bicho interessante
Imaginem só como é o sexo dos elefantes
E os camelos que tem as bolas em cima das costas
E as vaquinhas que por onde passam
Deixam um rastro de bosta."

MIRIAM disse...

Também fiquei chocada com a cena da galinha. Eu era criança e passava férias na casa de meus "nonos". Resultado: ataquei o galo a pedradas. Um pouco antes do almoço, minha nona, muito aborrecida, chegou na cozinha com o corpo do galo, já devidamente depenado "Não sei o que aconteceu, mas o coitado tá com uma perna quebrada e eu tive que matar". Sem temer represálias, eu confessei:"Fui eu que atirei uma pedra nesse tarado que só sabia correr atrás das pobres galinhas"!!!

Vi disse...

É um mundo cão...vaca, galinha, pato, carrapato...