Esses dias, no almoço:
Eu – Ai, comprei uma coisa tão legal hoje!
Ele – O que é?
Eu – É um acessório!
Ele – Acessório? Como assim?
Eu – Ah, você nem vai achar tão legal assim. É um lenço.
Ele – Lenço? Tipo um babador?
Eu – Claro que não! Você acha que eu preciso de um babador?
Ele – Ah, às vezes, quem sabe...
Eu – Deixa de ser ridículo. Olha só como é lindo o meu lenço.
Com a autoridade de um estilista, ele pegou o lenço como se fosse uma fralda. Usada.
Ele – Parece uma toalha de mesa de pizzaria.
Bom, de fato, lembra um pouco.
Eu – Mas é palestino!
Ele – Então quer dizer que na Palestina tem pizzarias como as nossas.
Eu – Ótima constatação.
Alguns minutos depois.
Ele – Eu também comprei uma coisa bem legal hoje. Você quer ver?
Eu – Quero.
Dentro da caixa, tinha um quadradinho preto. Podia ser um conjunto de maquiagem ou uma bomba. Vai saber.
Eu – O que é isso?
Ele – É uma gavetinha de HD.
Eu – Ah. Para quê serve?
Ele – Para colocar um HD externo e plugar no computador.
Eu – Hum. Interessante. Muito funcional.
Ele – É. Mais do que o seu lenço palestino.
Eu – Sem dúvida. Mas eu vou ficar muito mais elegante com o meu lenço do que você com a sua gavetinha de HD.
quinta-feira, 20 de novembro de 2008
terça-feira, 11 de novembro de 2008
Nomes
Essa já aconteceu com todo mundo.
Esses dias, no samba:
Ela – Oi, Carol! Tudo bem?
Meu Deus. Quem é essa menina?
Eu – Oi! Tudo e você?
Calma. Faça uma pesquisa em seu cérebro. O rosto é familiar. Pelo menos isso.
Ela – Tudo bem! Quanto tempo, né?
Hum. Tempo. Bom, não é de agora.
Eu – Nossa, muito tempo mesmo.
Faculdade? Não. Amiga do Bruno, talvez? Não, acho que não. Ai.
Ela – E você? Ainda está trabalhando em redação?
Ótimo! Uma pista. Ela deve ser de algum dos meus estágios.
Eu – Não, agora eu estou lá na assessoria da UnB.
JB? Não, se fosse eu lembraria de cara. Rádio, Jornal de Brasília... talvez.
Ela – Legal. Eu estou ralando em um jornal novo aí.
Isso! Lembrei!
Eu – Ah, massa que você ainda não “desistiu” da profissão.
Ela – Desisti, não. Mas é difícil, viu...
Eu – É, eu sei. Bom, eu vou indo lá pegar uma bebida. Bom te ver, Fulana.
Ela – Bom mesmo! Tchau!
Duas semanas depois encontrei a mesma menina em um bar.
Eu – Oi, Fulana! Tudo bem?
Ela – Oi, Camila! Tudo, e você?
Eu – Er... Tudo jóia. Tá com quem aí?
Ah. Deixa pra lá, né. Se eu consegui evitar a saia-justa uma vez, não custava fazer isso de novo.
Esses dias, no samba:
Ela – Oi, Carol! Tudo bem?
Meu Deus. Quem é essa menina?
Eu – Oi! Tudo e você?
Calma. Faça uma pesquisa em seu cérebro. O rosto é familiar. Pelo menos isso.
Ela – Tudo bem! Quanto tempo, né?
Hum. Tempo. Bom, não é de agora.
Eu – Nossa, muito tempo mesmo.
Faculdade? Não. Amiga do Bruno, talvez? Não, acho que não. Ai.
Ela – E você? Ainda está trabalhando em redação?
Ótimo! Uma pista. Ela deve ser de algum dos meus estágios.
Eu – Não, agora eu estou lá na assessoria da UnB.
JB? Não, se fosse eu lembraria de cara. Rádio, Jornal de Brasília... talvez.
Ela – Legal. Eu estou ralando em um jornal novo aí.
Isso! Lembrei!
Eu – Ah, massa que você ainda não “desistiu” da profissão.
Ela – Desisti, não. Mas é difícil, viu...
Eu – É, eu sei. Bom, eu vou indo lá pegar uma bebida. Bom te ver, Fulana.
Ela – Bom mesmo! Tchau!
Duas semanas depois encontrei a mesma menina em um bar.
Eu – Oi, Fulana! Tudo bem?
Ela – Oi, Camila! Tudo, e você?
Eu – Er... Tudo jóia. Tá com quem aí?
Ah. Deixa pra lá, né. Se eu consegui evitar a saia-justa uma vez, não custava fazer isso de novo.
segunda-feira, 3 de novembro de 2008
Virgínia
Acho que eu devia dar um crédito à Virgínia nesse blog. Para quem não sabe, a Virgínia é a colega de trabalho que senta na minha frente. Ela é designer, tem um coração de ouro, idéias ótimas. Mas é também dispersa ao extremo.
A Vi não consegue manter a dieta, estuda para concurso e comenta todas as manchetes bizarras da Globo.com. Ela é aquela pessoa que você jura que fuma um baseado todos os dias de manhã, mas que não saberia identificar se visse um. Enfim, uma fonte inesgotável de inspiração.
A pérola de hoje foi sobre um encontro com a turma dela do segundo grau.
Vi – Eu não vou a esse encontro com a minha turma de segundo grau.
Eu – Por quê?
Vi – Ah, porque sei lá.
Eu – ?
Vi – Ah, é porque no segundo grau eu era meio loser, sabe?
(Outra coisa sobre a Vi: ela adora usar expressões em inglês.)
Eu – Loser como, Vi?
Vi – Ah, eu não era da galera popular da escola.
Eu – Entendi. Mas o que isso tem a ver? Você acha que as pessoas vão continuar te achando looser?
Vi – Não. Mas as pessoas vão ficar analisando. Tipo, vão querer saber se eu estou bem sucedida, se eu casei...
Eu – Ah, e você tem medo de falar da sua vida? Que bobagem, Vi. Pode ser que você tenha ex-colegas empresários, ex-colegas que casaram e tiveram filhos... Todo mundo é diferente. Você tem que ser mais auto-confiante.
Vi – É, eu sei.
Eu – Você pode não estar trabalhando no lugar dos sonhos, fazendo as coisas mais legais, mas você está fazendo alguma coisa.
Vi – É isso aí! Eu vou nesse encontro sim! Uhuuuu!
Dois minutos depois:
Vi – Tá, Carol. Mas como eu faço para aumentar minha auto-confiança?
Cinco minutos depois:
Vi - Carol, você vai comigo na minha reunião do segundo grau?
A Vi não consegue manter a dieta, estuda para concurso e comenta todas as manchetes bizarras da Globo.com. Ela é aquela pessoa que você jura que fuma um baseado todos os dias de manhã, mas que não saberia identificar se visse um. Enfim, uma fonte inesgotável de inspiração.
A pérola de hoje foi sobre um encontro com a turma dela do segundo grau.
Vi – Eu não vou a esse encontro com a minha turma de segundo grau.
Eu – Por quê?
Vi – Ah, porque sei lá.
Eu – ?
Vi – Ah, é porque no segundo grau eu era meio loser, sabe?
(Outra coisa sobre a Vi: ela adora usar expressões em inglês.)
Eu – Loser como, Vi?
Vi – Ah, eu não era da galera popular da escola.
Eu – Entendi. Mas o que isso tem a ver? Você acha que as pessoas vão continuar te achando looser?
Vi – Não. Mas as pessoas vão ficar analisando. Tipo, vão querer saber se eu estou bem sucedida, se eu casei...
Eu – Ah, e você tem medo de falar da sua vida? Que bobagem, Vi. Pode ser que você tenha ex-colegas empresários, ex-colegas que casaram e tiveram filhos... Todo mundo é diferente. Você tem que ser mais auto-confiante.
Vi – É, eu sei.
Eu – Você pode não estar trabalhando no lugar dos sonhos, fazendo as coisas mais legais, mas você está fazendo alguma coisa.
Vi – É isso aí! Eu vou nesse encontro sim! Uhuuuu!
Dois minutos depois:
Vi – Tá, Carol. Mas como eu faço para aumentar minha auto-confiança?
Cinco minutos depois:
Vi - Carol, você vai comigo na minha reunião do segundo grau?
domingo, 2 de novembro de 2008
Figura de linguagem
Esses dias, na festa:
Ele – Você me deixa de cabelo em pé!
Eu – Ah, tá. O nome disso é cabelo agora...
Ele – Você me deixa de cabelo em pé!
Eu – Ah, tá. O nome disso é cabelo agora...
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