- Aí os dois assaltantes entraram no bar, anunciaram o assalto, levaram os celulares. Eu e meu amigo...
Poxa, ele bem que podia me beijar.
- Acabou que eu levei uma coronhada, fiquei com essa cicatriz na boca, ta vendo?
Será que eu vou ter que beija-lo?
- Ahn? Cicatriz? Onde?
- Aqui, no lábio superior.
- Ah, ta bem pequena.
Como será que é beijar essa cicatriz?
- Ei, você está me ouvindo?
- To, claro.
- É que você pareceu distante.
- Imagina... só estava te olhando.
- Olhando?
- É, olhando.
- Vem cá...
...
- Pois é, eu não gosto de reggae.
- Sério? Que pena, eu adoro.
- Da próxima vez, eu trago um CD só pra não correr o risco.
- Ah, não fala assim.
- Tô brincando.
- Mas eu não ouço só reggae, sou bem eclético até. Você já ouviu aquele CD do Ney Matogrosso com o...
Olha, o papo ta ótimo. Mas eu vim aqui pra te beijar. A gente pode até conversar depois, ser amigos e quem sabe até evoluir para um rolinho. Mas agora não.
- ...aí eles fizeram umas versões exclusivas, bem legais. Olha essa aqui.
- Hum, legal mesmo. Depois eu quero gravar.
- Tem também essa outra, olha só esse arranjo...
- Lindo... Sabe o que que é? To curiosa.
- Curiosa como?
- Ah, curiosa.
- Vem cá...
Beijar na boca é bom. Mas, muitas vezes, a graça é o caminho e não a chegada. Meu próximo namorado vai ter que ser compreensivo com algumas coisas. Vez ou outra, a gente vai brincar de conquista. Só pra ver quem perde primeiro.
3 comentários:
Tá aí! Como interpretar certos homens que, apesar das insinuações, declarações, petições e outras manifestações, deixam a gente admirando a paisagem ou então, olhando para o nada?
Bah... disse tudo: Beijar na boca é bom. Mas, muitas vezes, a graça é o caminho e não a chegada.
ana carolina, isso aqui é um blog família!
pare já com essas sem vergonhices, menina!!
ora mais menina...
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