Todo mundo tem – ou teve – seus traumas de adolescência. Alguns são superados logo depois que a chatice típica da idade vai embora. Outros demoram alguns anos para deixar de nos atormentar. No meu caso, passei muito bem pelo “magrela” e pelo (pasmem!) “peituda”. O que até hoje ainda me atrapalha é o nariz.
Quando eu tinha 12 anos, infelizmente, algumas partes do meu corpo cresceram mais rápido que outras. Isso aconteceu com mais destaque para o nariz e para os braços. Assim, enquanto minhas amigas de escola esbanjavam as primeiras curvas aliadas a um rostinho de boneca, eu parecia um orangotango narigudo. Sem exageros.
Graças a Deus, o tempo foi generoso comigo e minha expressão se tornou mais harmônica. Eu até desisti de fazer a plástica no nariz, afinal de contas, eu sou assim mesmo e não tenho que agradar todo mundo. Mas confesso que sempre surge uma pontinha de tensão quando o meu nariz vira o centro das atenções.
Esses dias, no trabalho:
Chefe – O nariz da Carol é tão charmoso, né?
Eu – Ah, professor! O senhor tá de sacanagem!
Chefe – Não, tô falando sério! Você não acha, Bia?
Bia – Acho o que?
Chefe – Que a Carol tem um nariz bonito.
Bia – Ah, por favor...
Essa semana, na festa:
Cara – Vocês são primas?
Camila – Não, amigas mesmo.
Cara – Ah, é que vocês se parecem.
Eu – Todo mundo diz isso.
Cara – Hum. Vocês têm ascendência italiana?
Camila – Por que?
Cara – Ah, por causa do nariz...
Camila – Peraí, você tá dizendo que o meu nariz é feio?
quinta-feira, 25 de dezembro de 2008
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